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A INSPIRAÇÃO NÃO CAI DO CÉU.  É PRECISO IR AO SEU ENCONTRO.

Como?  Pesquisando, observando, esboçando, deixando a  imaginação, o conhecimento e a experiência fluirem.

No dia a dia devemos cultivar a observação. A partir dela a  imaginação irá fluir e, associada ao conhecimento e experiência artística, o tema fluirá.

Uma vez definido: treinar, treinar, treinar... O estudo persistente levará ao êxito do trabalho e, com o tempo a originalidade e a capacidade criadora o transformará em obra de arte.

Para escolher um tema é necessário saber ver, compor e interpretar. Ele vem de cada um de nós, das nossas impressões e emoções diante do que estamos “vendo” (foto, paisagem, modelo...)

 

ARTE PARA EXPRESSAR EMOÇÕES

 

“O bom artista não deve representar somente o corpo, mas também a alma.”   Sócrates

Li um texto no livro  ARTE PARA COMPREENDER O MUNDO  de Véronique Antoine-Andersen, e me identifiquei muito com ele então, repasso a vocês:

Desde pequenos, nosso corpo expressa o que sentimos. Choros, gritos, risos indicavam raiva, medo, alegria.  Ao crescer descobrimos novos modos de expressão, como a palavra, a escrita e o desenho. Manifestar o que se tem no coração é, desde cedo, importantíssimo! Na Antiguidade, o filósofo Aristóteles já dizia que a arte serve para expressar as emoções, a fim de possibilitar que o artista se liberte delas.

Fácil de dizer, mas nem sempre de por em prática. Por razões religiosas ou políticas, artistas podem escolher outros caminhos. Na Idade Média, o artesão criava imagens de acordo com as regras ditadas pela Igreja. Ele não expressava nada a respeito de si mesmo além de sua habilidade e técnica. Já no Renascimento, a religião perde terreno. Leonardo da Vinci escreve: “O bom pintor tem, essencialmente, duas coisas a representar: o personagem e seu estado de espírito”. Surge o retrato, e este deve ser parecido com o modelo. É impossível então para o artista pintar o que lhe passa na cabeça ou no coração. Do contrário, o modelo teria uma surpresa. No século XIX, tudo se desestabiliza. Na passagem para o século XX, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, investiga a mente da criança, da mulher ou do homem que abriga nossos sonhos, medos, desejos e emoções.  Suas descobertas desafiam as ideias antigas e dão mais uma vez à arte nova direção. O artista se assume como sujeito que pinta o que sente. A imitação do mundo visível cede lugar à expressão dos sentimentos. É uma verdadeira revolução, que vai transformar os campos da arte dos pés à cabeça. Finalmente, Aristóteles foi ouvido!

 

Picasso tinha razão quando dizia: “A arte não existe para decorar apartamentos; ela é uma arma defensiva e ofensiva contra o inimigo.” Ela responde a preocupações muito mais essenciais que a decoração.

Como os seres vivos, a arte se transforma, ganha novas formas de acordo com cada época mas, sua existência permanece indispensável para os seres humanos. A arte é uma necessidade tanto para o criador como para o observador.

Cabe a cada um apropriar-se dela para compreender melhor o mundo em que vive e aguçar a percepção, a imaginação e a criatividade!

Cabe a cada um de nós artistas, estudantes e amantes da arte, compreender melhor o nosso mundo interior para então, a partir de muito estudo e prática, expressar nossas emoções e ajudar inventar um futuro melhor... e  por que não, já um presente melhor?

 

                                                                                                                                                                                  Cléia Paiva, 03/2016

O Tema

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